Dipirona para cólica menstrual: entenda como aliviar o desconforto
23/10/2025
(Foto: Reprodução) Dipirona para cólica menstrual: entenda como aliviar o desconforto
Crédito: Divulgação
Sentir cólicas que apertam, parecem que esmagam o abdômen e tiram você dos planos mensais não é exagero. Para muitas mulheres, isso é rotina. Nesses momentos, muita mulher recorre à dipirona para cólica menstrual na esperança de aliviar a dor rápida e efetivamente. Mas como ela age, quais os limites, riscos e cuidados? É importante entender para usar bem.
A dipirona está disponível em várias formulações. Uma delas é a versão comercializada por redes de farmácias, como a Drogal, você pode consultar o medicamento dipirona para verificar doses e apresentações.
Por que dói tanto? A “fábrica da cólica”
A cólica menstrual (dismenorreia) é causada, em sua forma mais comum, por uma alta produção de prostaglandinas. Elas são substâncias produzidas no endométrio que provocam contrações musculares uterinas exageradas para expulsar o tecido menstrual. Essas contrações intensas comprimem vasos sanguíneos, geram isquemia local e ativam terminações nervosas que traduzem o desconforto como dor.
Além dessas contrações, as prostaglandinas sensibilizam nervos periféricos, aumentando a sensação dolorosa. Em alguns casos, há inflamação local, edema e aumento da sensibilidade no abdômen inferior, costas e até uma sensação de peso no corpo.
Quando a dor é intensa, outras vias nervosas centrais amplificam o sinal, por isso, uma leve cólica para uma pessoa pode ser uma emergência para outra, principalmente quando o organismo já está mais sensível por fatores hormonais, emocionais ou metabólicos.
Como a dipirona “entra no jogo”?
A dipirona é um analgésico, antipirético e, em menor grau, espasmolítico (alivia espasmos musculares). Ela age reduzindo a sensação de dor ao bloquear fatores envolvidos na transmissão e na percepção do estímulo doloroso.
Mais especificamente:
Algumas fontes mencionam que intermediários da dipirona inibem enzimas do ciclo do araquidônico, reduzindo a produção de prostaglandinas, algo parecido ao que fazem os anti-inflamatórios.
Ação antiespasmódica: ao reduzir os “espasmos” musculares do útero, diminui a contração exagerada e, com isso, a dor é “aliviada”.
A dipirona é rapidamente absorvida, e seus efeitos analgésicos começam em algumas dezenas de minutos, com duração média de cerca de 4 horas em muitas mulheres.
Em dores pós-operatórias, por exemplo, uma dose única de dipirona 500 mg alcançou alívio para 70 % dos participantes em 4 a 6 horas. Embora seja outro tipo de dor, mostra que o perfil analgésico da dipirona pode ser bastante eficaz.
Quando usar e como dosar
Para fazer bom uso da dipirona na cólica menstrual, algumas orientações ajudam a maximizar seus efeitos e minimizar riscos:
Uso pontual: use dipirona ao primeiro sinal de dor ou quando a cólica se torna desconfortável demais.
Dosagem mais comum: a dipirona é vendida em várias doses; sempre siga a orientação de dose segura recomendada na bula ou medicação prescrita.
Respeite intervalos: não tome de maneira contínua sem orientação.
Tome com alimento: isso diminui o risco de desconforto gástrico.
Monitoramento: se usar frequentemente em cada ciclo, é importante avaliar se há causa subjacente (endometriose, miomas etc.).
Evite uso concomitante com outros analgésicos sem orientação, pois o risco de efeitos adversos pode aumentar.
Além dessas recomendações, a Drogal oferece uma seção de analgésicos e antitérmicos com outras opções, que podem servir como alternativas ou complementos, sempre com orientação profissional.
Dipirona para cólica menstrual: entenda como aliviar o desconforto
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Limites: quando a dipirona pode não bastar
Embora a dipirona seja útil para muitas mulheres com cólicas menstruais, ela não é panaceia. Em casos mais intensos ou complicados, pode ser insuficiente.
Algumas limitações:
Se a cólica for muito forte e incapacitante, pode ser necessária associação com anti-inflamatórios, anticoncepcionais hormonais ou terapias específicas.
Algumas mulheres têm resposta reduzida a analgésicos comuns, o que se chama resistência analgésica. Estima-se que cerca de 10 % a 20 % das mulheres não respondem bem a anti-inflamatórios em dismenorreia.
Causas secundárias: se houver endometriose, miomas ou outras lesões, a dor pode ter origem além das prostaglandinas, aí o simples uso de analgésico não resolve.
Uso recorrente sem investigação: tomar dipirona em todos os ciclos sem buscar diagnóstico pode retardar o tratamento de uma causa tratável subjacente.
Riscos e efeitos colaterais que você precisa saber
Mesmo sendo usada amplamente e disponível sem receita em muitos lugares, a dipirona tem riscos que não devem ser ignorados:
Reações hematológicas graves
Há relatos raros, mas documentados, de agranulocitose induzida pela dipirona, redução abrupta de glóbulos brancos, o que pode colocar a pessoa em risco de infecções graves.
Reações alérgicas
Pessoas com histórico de alergia a dipirona ou a drogas similares devem evitar o uso.
Sobrecarga renal ou hepática
Em usuários com função renal ou hepática comprometida, o uso frequente pode agravar a saúde desses órgãos.
Interações medicamentosas
A dipirona pode interagir com outros remédios, impactando sua ação ou aumentando riscos.
Efeitos adversos comuns
Em doses altas ou uso repetido: náuseas, tontura, hipotensão, reações cutâneas.
Por esses motivos, o uso frequente deve ser avaliado. Nunca recorra à automedicação contínua. Se o ciclo exige tomar dipirona todo mês, procure um médico.
Dicas práticas para aliviar a cólica junto com a dipirona
Para que a dipirona funcione melhor e a dor fique sob controle com menos sofrimento, combine com cuidados simples:
Calor local: bolsa quente, banho morno, compressa graduada ajudam a relaxar a musculatura.
Movimento leve: caminhar, alongar, yoga suave (sempre que a dor permitir) pode aliviar a tensão.
Boa hidratação: beber água ajuda a reduzir retenção e melhora o fluxo sanguíneo.
Alimentação equilibrada: alimentos anti-inflamatórios (gengibre, cúrcuma) e evitar ultraprocessados podem diminuir a intensidade da cólica ao longo do tempo.
Descanso e sono: o corpo precisa de recuperação. Estresse acentua a dor menstrual.
Técnicas de relaxamento: respiração, meditação, massagem abdominal suave.
Essas medidas não substituem a dipirona, mas complementam seu efeito e podem diminuir a necessidade de doses extras.
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