Operação contra o tráfico prende três e apreende 1,4 mil ampolas de anestésico para cavalos no interior de SP
03/12/2025
(Foto: Reprodução) Operação contra tráfico de drogas prende 3 pessoas na região
A Polícia Civil apreendeu 1,4 mil ampolas de cetamina, um anestésico de uso veterinário, em uma operação contra o tráfico de drogas, nesta quarta-feira (3), na região de Campinas (SP). Três suspeitos foram presos (entenda abaixo).
A ação foi coordenada pela Polícia Civil do Paraná e contou com o apoio da polícia de Estiva Gerbi (SP) e de agentes do Ministério da Agricultura. A suspeita é de que o medicamento veterinário teria relação com a produção de entorpecentes sintéticos.
Segundo apuração do g1 PR, uma organização criminosa seria a responsável por prescrever, distribuir e vender o medicamento, que também é consumido como droga alucinógena. De acordo com a investigação, o esquema movimentou cerca de R$ 10 milhões com a venda irregular da substância em apenas dois meses.
A polícia afirma que, ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Foram presos um casal de Mogi Guaçu (SP), um morador de Itapira (SP) e outro de Curitiba (PR).
O material apreendido e os três presos foram levados à delegacia de Estiva Gerbi.
Operação contra o tráfico prende três e apreende 1,4 mil ampolas de anestésico para cavalos no interior de SP
Polícia Civil/Divulgação
Venda ilegal de cetamina
De acordo com a polícia, a cetamina é uma substância de controle especial, conforme portaria do Ministério da Saúde, e só pode ser adquirida por veterinários autorizados.
As investigações apontam para o desvio do anestésico, que seria adquirido por pessoas não autorizadas e de forma irregular.
Início das investigações
Segundo apurou o g1 PR, de acordo com a Polícia Civil (PC-PR), a investigação começou após a apreensão de 1.171 unidades de cetamina realizada pela PM em maio deste ano. A substância foi encontrada em uma casa no Bairro Alto, em Curitiba.
O material estava acompanhado de notas fiscais e prescrições assinadas por uma médica veterinária, mas despertaram suspeita, segundo a polícia.
Depois de analisar os documentos, os investigadores identificaram pagamentos em espécie que ultrapassavam R$ 100 mil, além de compras fracionadas em diversas notas fiscais emitidas com poucos minutos de diferença, levantando a suspeita de que a aquisição tinha objetivos ilícitos.
Médica veterinária solicitou aquisição de 28 mil unidades
Segundo apurou o g1 PR, de acordo com a delegada Paula Christiane Brisola, a investigação verificou que a prescritora dos medicamentos apreendidos era uma médica veterinária recém-formada. Disse ainda que, entre fevereiro e abril deste ano, ela solicitou a autorização ao órgão federal para aquisição de 28 mil unidades do medicamento.
O nome da médica veterinária não foi revelado e nem detalhes sobre a investigação contra ela.
Com essas informações, a policia mapeou a estrutura do grupo, que, segundo a investigação, atuava na prescrição, distribuição e venda ilegal do anestésico no Paraná e em Santa Catarina.
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